As gavetas da estação

Quarto das crianças, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.

XXI

“…Nem tudo é dias de sol,

E a chuva, quando falta muito, pede-se.

Por isso tomo a infelicidade com a felicidade

Naturalmente, como quem não estranha

Que há montanhas e planícies

E que haja rochedos e erva…”

O GUARDADOR DE REBANHOS, Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

Mais um ciclo se encerra, abre-se uma nova estação. Primavera para o hemisfério sul, Outono aqui no hemisfério norte. Cá em cima estão as manhãs a arrefecer, lá embaixo a terra a aquecer. E nesse tiro liro das estações, novos ciclos se abrem e outros se fecham. Hora de esvaziar as gavetas de tudo o que não serve mais, resumir o que vai atravessar a estação àquilo que será útil. Tudo o que está a mais, será um peso. A menos, fará falta.

A natureza faz isso como ninguém, soltando as folhas ou carregando a flores. E é por isso, que abro essa singela postagem, emprestando de Alberto Caeiro, a polaridade Yin Yang dos seus versos que explicitam o equilíbrio delicado, porém necessário, dessas mudanças cíclicas que nos ensinam a viver.

Aproveitem!!!

Bj Bj


Se precisar de uma ajudinha para reavaliar seus apegos, organizar a casa para a nova estação, consulte os pacotes nesse link