Som é vida

Oceanário de Lisboa

Outro dia, eu estava assistindo a um documentário apresentado por Sir David Attenborough, renomado naturalista e documentarista, que tem dedicado sua vida a educar o mundo sobre a importância de preservar a natureza.

Do alto da sua sabedoria, com 98 anos de idade, ele falava dos sons emitidos nos recifes de coral, que são conhecidos como "as florestas tropicais do mar" devido à sua biodiversidade. Em lugares como a Grande Barreira de Coral na Austrália, a vida marinha produz uma cacofonia de sons – desde o estalar dos camarões até os cantos das baleias. Esses sons são essenciais para a navegação e comunicação de muitas espécies marinhas. Quando os recifes são destruídos, esse rico panorama sonoro desaparece, levando consigo a vida que depende dele.

Em suas palavras, "O mundo natural é a maior fonte de emoção; a maior fonte de beleza visual; a maior fonte de interesse intelectual. É a maior fonte de tanta vida que faz a vida digna de ser vivida." Attenborough destaca que a destruição dos ecossistemas naturais não só empobrece o planeta, mas também a nossa experiência de vida, que se torna menos rica e vibrante.

O pulso da natureza

A filosofia taoista ensina que a vida é movimento. Essa ideia reflete a sabedoria de que tudo está em constante fluxo e transformação.

A natureza ao nosso redor é uma manifestação dessa filosofia. Ecossistemas, como os recifes de coral na Austrália ou as florestas tropicais na Amazônia, produzem uma sinfonia de sons que refletem o pulso da vida, em constante movimento de expansão (yang) e retração (yin).

Na Floresta Amazônica, a cada momento, ouvem-se pássaros, insetos, mamíferos e plantas. Esses sons são uma demonstração viva do Chi (energia vital) que permeia toda a floresta. No entanto, a destruição desse ecossistema, através do desmatamento e queimadas, silencia esses sons e interrompe o fluxo vital.

Através do entendimento e da preservação desses sons naturais, podemos aprender a valorizar e proteger o nosso ambiente. As práticas de Feng Shui emprestam essa sabedoria para criar ambientes com a energia vibrante e harmoniosa da natureza, promovendo bem-estar e equilíbrio.

Ativando o Chi através do som

Para trazer a energia da natureza para o seu espaço, você pode usar alguns recursos do Feng Shui, para ativar o Chi através do som. Deixo aqui algumas sugestões:

  • Fontes de água: Instale uma pequena fonte de água em sua casa ou jardim. O som suave da água corrente imita o fluxo natural e promove calma e harmonia.

  • Sinos de vento: Coloque sinos de vento perto das janelas ou portas. O som melodioso dos sinos, quando o vento passa, ajuda a equilibrar e harmonizar a energia no ambiente.

  • Música natural: Toque gravações de sons da natureza, como ondas do mar, canto de pássaros ou sons da floresta. Isso pode ajudar a criar uma atmosfera relaxante e revitalizante.

  • Aromas e sons: Combine aromas naturais com sons. Use difusores de óleo essencial com fragrâncias como lavanda ou eucalipto enquanto toca música natural para uma experiência sensorial completa.

Oceanário de Lisboa

A voz da natureza

Vida é movimento constante e harmonioso, refletido perfeitamente na natureza. Quanto mais consciência temos dessa rica cadeia interdependente, mais nos aproximamos da nossa essência que é a mesma da floresta e da barreira de corais. Afinal, nós também somos natureza.

Do instante que nos vemos representados nesses ecossistemas, passamos a cuidar mais deles. Por isso é tão urgente adotar um modo de vida que vibre nessa mesma pulsação.

Até pra semana!

Bj Bj


Perdeu a live!

Não tem problema, você pode ver ou rever essa prosa boa com o querido mestre de Feng Shui e arquiteto Carlos Solano. Falamos sobre a minha participação no 18º Seminário de Feng Shui, sobre Cinco Elementos, cores e flores.

 

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